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domingo, 22 de junho de 2008

Escola Jônica e a Sociologia

Com o desenvolvimento da civilização e a formação de cidades, o homem sentiu-se mais protegido dos infortúnios da natureza; muitas questões filosóficas surgiram e estas não puderam mais ser respondidas através da mitologia. Nascia a Ciência. Os primeiros registros sobre pensadores que tentaram explicar o mundo físico através do raciocínio nos levam aos filósofos pré-socráticos -- ou filósofos da natureza -- eles viveram na Grécia por volta dos séculos VII ou VI a.C. Esses filósofos gregos eram observadores atentos da natureza e ao mesmo tempo intelectuais ativos; não só não aceitavam as explicações mitológicas dos fenômenos naturais, como também buscavam os princípios, as causas primeiras, a origem do universo. A força argumentativa destes pensadores nos iluminam até os dias atuais; foram eles que construíram os alicerces das Ciências da Natureza e da Matemática. Destacam-se:
Tales (624-556? a.C.), Anaximandro (610-547 a.C.) e Anaxímenes (585-528 a.C.), da cidad
cidade de Mileto,
Heráclito (540-470 a.C.) de Éfeso,
Pitágoras (de Samos) (578-496?a.C.) e seus seguidores,
Parmênides (530-460 a. C.) e Zenão (490-425? a.C.) de Eléia,
Anaxágonas (500-428 a.C.) de Clazómena,
Empédocles (490-435 a.C.) de Agrimento e
Demócrito (460-370 a.C.) de Abdera.
Esses primeiros filósofos propuseram-se a discutir questões bastante profundas, tais como: Em que consiste o elemento, se é que ele existe, do qual se originam as coisas que existem na natureza? Como ocorre a transformação dos seres, o vir e o devir das coisas? Pois bem, todos eles responderam a seu modo essas duas perguntas e elas culminaram no desenvolvimento, ao menos no mundo ocidental, da maneira como nossa sociedade atual vê a Ciência e a Tecnologia. Podemos diferenciar as cosmogonias – que faziam uma hierarquia dos seres, endeusando-os e personificando-os - das cosmologias – que tratam os elementos não como deuses, mas como constituintes naturais, impessoais, que se combinam para formar o mundo ordenado (terra, fogo, ar e água).

Xenófanes de Colofon


Originário da Jônia, viveu no sul da Itália. Precursor do pensamento dos Eleatas. Para ele a Physis era a terra. Escreveu em estilo poético. Defendeu a idéia de um Deus único. Tinha influência Pitagórica.

Demócrito e a Teoria Atômica


Para Demócrito, as transformações que se pode observar na natureza não significavam que algo realmente se transformava. Ele acreditava que todas as coisas eram formadas por uma infinidade de “pedrinhas minúsculas, invisíveis, cada uma delas sendo eterna, imutável e indivisível“. A estas unidades mínimas deu o nome de ÁTOMOS. Átomo significa indivisível, cada coisa que existe é formada por uma infinidade dessas unidades indivisíveis. “Isto porque se os átomos também fossem passíveis de desintegração e pudessem ser divididas em unidades ainda menores, a natureza acabaria por diluir-se totalmente”. Exemplo: se um corpo – de uma árvore ou animal, morre e se decompõe, seus átomos se espalham e podem ser reaproveitados para dar origem a outros corpos.

Heráclito


Um contemporâneo de Parmênides foi Heráclito (c. 540-480 a.C.), que era de Éfeso, na Ásia Menor. Heráclito propunha que a matéria básica do Universo seria o fogo. Pensava também que a mudança constante, ou o fluxo, seria a característica mais elementar da Natureza. Podemos talvez dizer que Heráclito acreditava mais do que Parmênides naquilo que percebia. Tudo flui, disse Heráclito. Tudo está em fluxo e movimento constante, nada permanece. Por conseguinte, “não entramos duas vezes no mesmo rio”. Quando entro no rio pela segunda vez, nem eu nem o rio somos os mesmos.
Problema: Parmênides e Heráclito defendiam dois pontos principais diametralmente opostos. Parmênides dizia:
a) nada muda,
b) não se deve confiar em nossas percepções sensoriais.
Heráclito, por outro lado, dizia:
a) tudo muda (“todas as coisas fluem”), e
b) podemos confiar em nossas percepções sensoriais.
Quem estava certo? Coube ao siciliano Empédocles (c. 490-430 a.C.) indicar a saída do labirinto.
Como estudioso da physis, Heráclito acreditava que o fogo era a origem das coisas naturais.

Parmênides de Eléia


O mais importante dos filósofos eleatas foi Parmênides (c. 2000-5000 a.C.). “Nada nasce do nada, e nada do que existe se transforma em nada”. Com isso quis dizer que “tudo o que existe sempre existiu”. Sobre as transformações que se pode observar na natureza... ”Achava que não seriam mudanças reais”. De acordo com ele, nenhum objeto poderia se transformar em algo diferente do que era. Início do racionalismo Percebia, com os sentidos, que as coisas mudam. Mas sua razão lhe dizia que logicamente impossível que uma coisa se tornasse diferente e, apesar disso, permanecesse de algum modo a mesma. Quando se viu forçado a escolher entre confiar nos sentidos ou na razão, escolheu a razão. Essa inabalável crença na razão humana recebeu o nome de racionalismo. Um racionalista é alguém que acredita que a razão humana é a fonte primária de nosso conhecimento do mundo.

Anaxímenes de Mileto (588-524 a.C.)


O terceiro filósofo de Mileto foi Anaxímenes (c. 570—526 a.C.). Ele pensava que a origem de todas as coisas teria de ser o ar ou o vapor. Anaxímenes conhecia, claro, a teoria da água de Tales. Mas de onde vem a água? Anaxímenes acreditava que a água seria ar condensado. Acreditava também que o fogo seria ar rarefeito. De acordo com Anaxímenes, por conseguinte, o ar("pneuma") constituiria a origem da terra, da água e do fogo. Conclusão - Os três filósofos milésios acreditavam na existência de uma substância básica única, que seria a origem de todas as coisas. No entanto, isso deixava sem solução o problema da mudança. Como poderia uma substância se transformar repentinamente em outra coisa? Os eleatas A partir de cerca de 500 a.C., quem se interessou por essa questão foi um grupo de filósofos da colônia grega de Eléla, no sul da Itália, por isso conhecidos como eleatas

Anaximandro de Mileto (611-547 a.C.)


Milesiano. Para ele a Physis era o apeiron (o ilimitado ou o indeterminado). Anaximandro viveu em Mileto no século VI a.C.. Foi discípulo e sucessor de Tales. Anaximandro achava que nosso mundo seria apenas um entre uma infinidade de mundos que evoluiriam e se dissolveriam em algo que ele chamou de ilimitado ou infinito. Não é fácil explicar o que ele queria dizer com isso, mas parece claro que Anaximandro não estava pensando em uma substância conhecida, tal como Tales concebeu. Talvez tenha querido dizer que a substância que gera todas as coisas deveria ser algo diferente das coisas criadas. Uma vez que todas as coisas criadas são limitadas, aquilo que vem antes ou depois delas teria de ser ilimitado.
E evidente que esse elemento básico não poderia ser algo tão comum como a água. Anaximandro recusa-se a ver a origem do real em um elemento particular; todas as coisas são limitadas, e o limitado não pode ser, sem injustiça, a origem das coisas. Do ilimitado surgem inúmeros mundos, e estabelece-se a multiplicidade; a gênese das coisas a partir do ilimitado é explicada através da separação dos contrários em conseqüência do movimento eterno. Para Anaximandro o princípio das coisas - o arqué - não era algo visível; era uma substância etérea, infinita. Chamou a essa substância de apeíron (indeterminado, infinito). O apeíron seria uma “massa geradora” dos seres, contendo em si todos os elementos contrários. Anaximandro tinha um argumento contra Tales: o ar é frio, a água é úmida, e o fogo é quente, e essas coisas são antagônicas entre si, portanto um o elemento primordial não poderia ser um dos elementos visíveis, teria que ser um elemento neutro, que está presente em tudo, mas está invisível.
Esse filósofo foi o iniciador da astronomia grega. Foi o primeiro a formular o conceito de uma lei universal presidindo o processo cósmico totalmente. De acordo com ele para que o vir-a-ser não cesse, o ser originário tem de ser indeterminado. Estando, assim, acima do vir-a-ser e garantindo, por isso, a eternidade e o curso do vir-a-ser. O seu fragmento refere-se a uma unidade primordial, da qual nascem todas as coisas e à qual retornam todas as coisas. Anaximandro recusa-se a ver a origem do real em um elemento particular. Do ilimitado surgem inúmeros mundos, e estabelece-se a multiplicidade; a gênese das coisas a partir do ilimitado é explicada através da separação dos contrários em conseqüência do movimento eterno.
Principais fragmentos:
“... o ilimitado é eterno...”
“... o ilimitado é imortal e indissolúvel...”